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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Medicina ao pé do ouvido

O mapa do corpo está nas orelhas: é o que prega a auriculoterapia, técnica que previne doenças e melhora seus efeitos, principalmente dores musculares e ansiedade.

Considerada uma ramificação da acupuntura, a auriculoterapia utiliza agulhas, sementes ou moxabustão - calma, o nome é complicado mas quer dizer apenas aplicação de fontes de calor - em pontos específicos do pavilhão auricular, de acordo com as necessidades de cada um. A técnica é antiga, porém seu apogeu no Ocidente deu-se a partir da década de 50, quando foram mapeadas as regiões da orelha utilizadas pela acupuntura. Ela é bastante utilizada, com alto grau de eficiência, em tratamentos de cefaléia, alergias agudas, doenças psiquiátricas, dores periféricas, estresse, ansiedade e vícios. Enfim, é um sopro de alívio ao pé do ouvido.


A evolução da auriculoterapia tem gerado resultados surpreendentes. Exemplo é uma pesquisa realizada recentemente pelo Instituto de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), da província de Shang Dong, na China, sobre a aplicação da eletroacupuntura em pontos do ouvido correspondentes ao estômago: 119 pessoas que sofriam enfermidades gástricas foram submetidas ao processo. Verificou-se a influência direta da terapia na regulação das atividades funcionais e mudanças positivas nas patologias do estômago e do duodeno. Os bons resultados dos diversos tipos de acupuntura têm levado hospitais públicos e privados em todo o mundo a adotarem a técnica. No caso da auriculoterapia, especialistas garantem que sua implementação em instituições públicas é viável por ser de baixo custo.

Segundo a Escola Chinesa, o pavilhão auricular conta com mais de 350 pontos específicos, cada um correspondente a articulações, órgãos, vísceras ou ainda partes do cérebro que alteram o estado emocional. Já para a Escola Francesa, a orelha possui cerca de 30 pontos, dispostos de acordo com o conceito do 'feto invertido'. Traduzindo: como se ao olhar a orelha fosse possível enxergar um bebê com a cabeça na região do lóbulo e os membros no sentido do topo. Ao serem estimuladas, estas regiões enviariam mensagens ao sistema nervoso central, que ativa a área solicitada.

Por Sandra Scigliano
Fotos: Fernando Garnidali
Realização: Lia Guimarães
Fonte: Revista Viva Saúde

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